O Reino Unido espera receber milhões de doses da vacina da Pfizer contra a covid-19 até ao final do ano, mas isso vai depender da rapidez com que puderem ser produzidas, informou o ministro da Economia, Alok Sharma, esta sexta-feira.
“Vamos começar com 800 mil e veremos até ao final do ano quantas conseguiremos adquirir. Vai depender da produção”, disse em entrevista à Sky News.
“Estou esperançoso de que receberemos milhões de doses até ao final deste ano, mas claro, como já o dissemos antes, a administração da vacina acontecerá maioritariamente no início do próximo ano”, explicou.
Vacina da Pfizer já está a caminho do Reino Unido
A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) do Reino Unido concedeu a aprovação para uso de emergência na quarta-feira (2 de dezembro), apenas 23 dias depois de a Pfizer ter publicado os primeiros dados da última fase dos testes clínicos.
A vacina vai ser distribuída por 50 centros de vacinação pelo Reino Unido e as inoculações vão começar na próxima semana.
A Pfizer e o parceiro de biotecnologia alemão BioNTech anunciaram que a vacina é 95% eficaz contra o novo coronavírus SARS-CoV-2. Os reguladores dos EUA e da UE estão a analisar os mesmos dados de testes da Pfizer, mas ainda não deram aprovação.
Porque é que o Reino Unido foi o primeiro a aprovar uma vacina?
Miguel Prudêncio, investigador do Instituto de Medicina Molecular, considera que a vacinação vai começar em breve a ser feita noutros países da Europa, nomeadamente, em Portugal. Mas porque foi mais rápido o processo no Reino Unido? De acordo com o investigador, o processo de avaliação e aprovação de vacinas tem estado a acontecer em paralelo no Reino Unido, na União Europeia e nos Estados Unidos e que, dentro de dias, outras autoridades vão pronunciar-se.
O facto da campanha de vacinação começar mais cedo no Reino Unido vai dar aos outros países a oportunidade de acompanhar o processo e até aprender, considera.