Coronavírus

Vacina contra a covid-19. "Casos adversos são muito raros" 

Fátima Ventura, diretora da Unidade de Avaliação Ciêntifica no Infarmed, esteve na Edição da Noite, da SIC Notícias.  

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Fátima Ventura explica o porquê do processo para encontrar uma vacina contra a covid-19 ter sido tão rápido, garantindo que não se saltaram etapas, mas sim reformularam-se.

Um dos motivos do tempo recorde foi o facto de já haver "muito trabalho feito" na investigação de outros coronavírus. A diretora da Unidade de Avaliação Científica no Infarmed explica que esta primeira parte, que costuma demorar alguns anos a "sair cá para fora", já estava adiantada.

"E a partir do momento em que se conheceu o genoma do vírus, foi usar a tecnologia que já se tinha e pô-la ao serviço desta vacina"

Fátima Ventura esclarece que todas as regras foram seguidas para a vacina da Pfizer e que os critérios usados foram os mesmo do que nos outros medicamentos.

"Apenas trabalhámos com outros calendários, com um esforço muito grande de todas as autoridades (...) São muitas cabeças a avaliar a mesma documentação. Levámos menos tempo, mas não cortamos etapas."

Fátima Ventura afirma que as pessoas não devem ter medo dos efeitos adversos da vacina, lembrando que qualquer medicamento tem reações adversas. Esclarece ainda que os casos adversos são muito raros.

Sobre a imunidade, lembra que ainda não se sabe muito sobre este assunto. No entanto, admite que a imunidade não será alcançada da mesma maneira nas pessoas que levarem a vacina.

"Somos todos diferentes e cada um de nós vai responder de maneira diferença."

Em relação à duração de proteção, que ainda não é conhecida, diz que é "por isso é que os ensaios clínicos continuam".