O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, considera que o encerramento das escolas era inevitável.
"Desde o início deviam ter sido criadas condições de segurança sanitária e rastreios", afirma, acrescentando que os testes de rastreio "praticamente não existiram".
O primeiro-ministro anunciou uma interrupção letiva de 15 dias, que entra em vigor na sexta-feira, que se justifica por um "princípio de precaução" por causa do aumento do número de casos da variante mais contagiosa do SARS-CoV-2, que cresceram de cerca de 8% de prevalência na semana passada para cerca de 20% atualmente.
Mário Nogueira defende que os professores de risco não foram protegidos contra a covid-19 e que não há condições para um possível ensino à distância de qualidade.
Nesse sentido, o responsável da Federação Nacional dos Professores, apela a que, com as escolas encerradas nos próximos 15 dias, o Ministério da Educação prepare o que vai acontecer a seguir, seja com ensino presencial ou à distância.
"Há muita coisa a fazer", diz Mário Nogueira, lembrando que as infeções de covid-19 estão a aumentar na população em idade escolar.
Na Edição da Tarde, defendeu que é possível reorganizar o calendário letivo:
"Todos percebem que não é um ano normal, que terá de haver medidas excecionais".