O chanceler austríaco, Sebastian Kurz, anunciou este domingo que está disponível para receber doentes portugueses em cuidados intensivos que estão infetados com covid-19. Diz que é uma exigência de solidariedade europeia.
Fonte do governo disse à SIC que ainda não há decisão sobre o envio dos doentes porque, por enquanto, ainda não há necessidade de o fazer.
"A pandemia da covid-19 representa enormes desafios para todos os países europeus. É uma exigência de solidariedade europeia ajudar rapidamente e sem burocracia para salvar vidas", escreveu Sebastian Kurz no Twitter.
Kurz não informou quantos pacientes a unidade de cuidados intensivos da Áustria vai receber e a agência de notícias Apa adianta que os dados serão divulgados pelas autoridades de saúde portuguesas.
Questionado pela agência Lusa sobre este apoio, o Ministério da Saúde não confirmou, afirmando apenas que "todas as hipóteses estão a ser consideradas no sentido de continuar a assegurar os cuidados de saúde aos portugueses".
"Num quadro de apoio externo, os mecanismos de cooperação europeia são obviamente uma possibilidade, em função da evolução que se vier a verificar", refere numa resposta escrita à Lusa.
O chefe do Governo austríaco ofereceu ajuda a Portugal durante uma conversa via telefone com o primeiro-ministro, António Costa.
Kurz recordou ainda que a Áustria já tinha recebido doentes de Itália, França e Montenegro nos picos da pandemia.
Transferência de doentes covid nos intensivos
Nos últimos dias, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo aceitou a ajuda do Governo Regional da Madeira para receber doentes do continente.
Três doentes covid em estado crítico seguiram na sexta-feira para o Funchal, na Madeira, onde vão ficar internados.
Chegaram a solo madeirense num avião C130 da Força Aérea Portuguesa. O avião aterrou no Aeroporto Internacional da Madeira Cristiano Ronaldo cerca das 20:15 e os doentes foram conduzidos ao hospital em três ambulâncias e encaminhados para a unidade de cuidados intensivos dedicada à covid-19.
As autoridades disseram a escolha dos doentes foi criteriosa. A transferência, assegurada pelo Ministério da Defesa, foi autorizada pelos familiares dos doentes.
