Foram adiados mais de 10.400 processos desde que o Governo voltou a suspender os prazos judiciais, há três semanas. Entre eles estão casos como o Universo Espírito Santo, LEX ou a Operação Marquês, que ainda não tem data para a decisão instrutória.
José Sócrates, Ricardo Salgado e os outros arguidos da Operação Marquês estão há quase um ano desde o fim do debate instrutório à espera de saberem se há ou não julgamento. Com os prazos novamente suspensos, não há data para a decisão do juiz Ivo Rosa.
Por vontade do juiz, a decisão vai ser comunicada presencialmente e não através de uma notificação ou de meios eletrónicos e, por isso, está dependente da evolução da pandemia.
Estão também suspensos os prazos para a abertura de instrução do Universo Espírito Santo. O processo não avança desde que a acusação saiu em julho.
Na Operação LEX, em que estão acusados o antigo juiz Rui Rangel e o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, já é certa a fase de instrução. Dentro de um prazo que começou a contar mas que foi entretanto suspenso.
O processo EDP está também parado: a investigação está dependente de um interrogatório ao antigo ministro da Economia Manuel Pinho. A defesa prevê que o interrogatório aconteça só em abril.
É também em abril que também deverá ter retomado o julgamento de Tancos, que foi interrompido a 14 de janeiro.
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