Em vários países da Europa, tem sido registada uma tendência de diminuição do número de novos casos e de mortes por covid-19. Na região italiana da Lombardia, onde há um ano começou a epidemia, faz-se o balanço dos últimos 12 meses que ficam na memória pelas piores razões.
O dia 21 de fevereiro de 2020 mudou para sempre a cidade de Codogno, onde foi detetado o primeiro caso de coronavírus. Após um ano, Itália regista mais de 2,7 milhões de casos e quase 95 mil mortos. O novo primeiro-ministro, Mário Deraghi tem pela frente a missão de reconstruir o país afetado por uma grave crise económica e sanitária.
Em Espanha, os contágios estão a diminuir e a pressão nos cuidados intensivos também baixou. No entanto, a nova variante britânica representa entre 20 e 25% dos novos casos, chegando a 50% em algumas regiões.
Também na Alemanha, esta variante é responsável por 22% dos casos. Apesar da tendência de estabilização nas infeções, o nível mantém-se alto e o país passou a barreira dos 67 mil mortos. Prudência é a resposta do ministro alemão da Saúde perante os apelos para que se termine o confinamento.
Do outro lado do mundo, no Japão, foram identificados mais de 90 casos de uma nova variante do coronavírus, que terá origem externa. A estirpe apresenta a mutação que tem sido encontrada noutras variantes e que pode diminuir a eficácia das vacinas.
Nos Estados Unidos, o mau tempo tem provocado atrasos na distribuição das vacinas. O Presidente Joe Biden ambicipna ter 150 milhões de pessoas vacinadas nos primeiros 100 dias de governação. Um passo importante para se atingir a normalidade no final do ano, considera Anthony Fauci, o principal consultor do Governo sobre a pandemia.
No Brasil também faltam vacinas. Até agora foram disponibilizadas menos de 12 milhões de doses aos estados federais, um valor longe dos 104 milhões de pessoas dos grupos de ricos que é necessário imunizar. O Carnaval poderá também fazer disparar o número de infeções, que já ultrapassou os 10 milhões de casos.
O continente africano ultrapassou as 100 mil mortes por covid-19 e tem quase 3,8 milhões de infetados. O continente espera imunizar 60% da população e, em maio, vão receber 300 milhões de vacinas russas Sputnik V. Estas doses juntam-se às 270 milhões já recebidas da AstraZeneca, Pfizer e Johnson&Johnson.
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