Um documento falso sobre o plano de desconfinamento está a circular nas redes sociais.
A falsificação de documento foi comunicada ao Ministério Público, devido ao risco que pode ter na saúde pública.
Já se sabe quem é o autor do documento: é Carlos Macedo e Cunha, colunista do Observador. Em declarações ao Expresso, Macedo e Cunha reconhece a autoria do documento, mas diz que só o partilhou num grupo fechado de amigos.
Macedo e Cunha alega também que o documento foi depois adulterado por terceiros, que colocaram o logótipo do Governo.
O consultor deixa também um pedido de “desculpas”, alegando ter começado o trabalho “de forma inocente, ainda na base dos documentos de que facilmente se faz download da página do Governo”.
“Não era suposto ter sido divulgado e terá sido certamente por lapso e de forma não intencional (...) A minha atividade profissional não me permite ter muito tempo para contribuir para a cidadania mas, quando posso, faço isto como bom cidadão e vontade de ajudar”, disse o consultor ao Expresso.
O gabinete do primeiro-ministro já fez saber que o suposto plano que antecipa o desconfinamento trata-se de uma adulteração abusiva da tabela de desconfinamento divulgada em abril do ano passado.
"Este documento não tem qualquer veracidade, não é da autoria do Governo, nem se baseia em qualquer trabalho preparatório, pelo que às informações constantes do mesmo não deve ser atribuída qualquer credibilidade. Pela desinformação e falsas expectativas que tal documento pode gerar, com o inerente risco para a saúde pública, esta falsificação será objeto de comunicação ao Ministério Público", é explicado na nota enviada às redações.
Em nota, o Governo diz ainda que está a preparar os futuros passos de desconfinamento, que serão dados no devido tempo, em articulação com a estratégia de testagem e o plano de vacinação.