A secretária de Estado das Comunidades diz que os preços que a TAP começou por cobrar no voo de repatriamento do Brasil só podem ter sido “um mal entendido”. Berta Nunes realça, contudo, que “não há voos grátis” e garante que o Governo não irá pagar voos de regressos a Portugal.
Um único bilhete custava, inicialmente, 1.800 euros. Um valor que a maioria dos portugueses se recusou a pagar. O Ministério do Negócios Estrangeiros escusa-se a responder pela TAP, mas explica que “só apoia o regresso de portugueses ou cidadãos residentes em Portugal que tenham de regressar por questões humanitárias”.
No voo de repatriamento que parte do Brasil no próximo sábado vem uma única família a quem os serviços consulares pagaram a viagem, no entanto é apenas um adiantamento. Os 870 euros que estão agora a ser cobrados, por pessoa, terão de ser reembolsados ao Estado.
À chegada a Portugal, os cerca de 300 passageiros repatriados estão obrigados, por lei, a cumprir uma quarentena de 14 dias, mas apenas porque vêm diretamente do Brasil.
O Governo admitiu esta semana que poderão existir novos voos de repatriamento, mas, por agora, nada está previsto. A secretária de Estado das Comunidades confirma apenas que será feita nova ronda por parte dos consulados para avaliar quantos portugueses e residentes em Portugal continuam retidos no Brasil.
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