Bruno Silva Santos, vice-diretor do Instituto de Medicina Molecular, considera que a capacidade de as farmacêuticas conseguirem adaptar as vacinas às variantes do coronavírus é "muito encorajadora".
Num discurso otimista, em entrevista na Edição da Tarde, defende que "em breve" as várias versões mutadas do vírus vão ser conhecidas.
"O vírus vai chegar a um ponto em que não vai poder mutar mais", afirma, acrescentando que vai ser possível adaptar as vacinas.
O investigador realça que a maioria das vacinas disponíveis no mercado e aprovadas têm bastante eficácia contra as variantes.
Sobre a imunidade de grupo considera que há uma "esperança real" e diz que o acesso a mais vacinas contra a covid-19 na União Europeia vai ser essencial para a situação ficar mais controlada até ao final do ano.
"Estamos todos no mesmo barco, que é o planeta que habitamos", diz.
Na Edição da Tarde, salienta também que o vírus vai continuar a estar presente, mas vai ser controlado pela imunidade. E acrescenta: "A evolução da doença vai aproximar-se de uma gripe normal".
O vice-diretor do Instituto de Medicina Molecular acredita que vai ser atingido um equilíbrio e que, a partir desse momento, a situação vai melhorar bastante.
"Acredito que vamos atingir um ponto de equilibrio para que o coronavírus não nos cause qualquer desconforto além da gripe", afirma.
"Em breve vamos encurralar o vírus", acrescenta.
O investigador lembra ainda o lema "testar, testar, testar" até atingirmos imunidade de grupo".