A Rússia espera que o regulador europeu dê início ao processo de autorização da vacina Sputnik V durante esta semana. A fórmula russa ainda não teve luz verde da Agência Europeia do Medicamento (EMA), mas a Eslováquia e a Hungria já autorizaram a sua administração.
As primeiras 200 mil doses da vacina russa chegam à Eslováquia. Até junho deverão chegar dois milhões de doses. A Sputnik V poderá ser administrada dentro de duas semanas de forma opcional e sem restrições de idade.
Depois da Hungria, a Eslováquia é o segundo país da União Europeia a usar a vacina russa sem a aprovação da Agência Europeia do Medicamento. Também a Áustria já está em negociações com a Rússia para aquisição de doses.
Se no início de fevereiro, o primeiro-ministro austríaco afirmava que a administração de vacinas russas e chinesas contra a covid-19 estava dependente da autorização e comercialização da União Europeia, agora aponta o dedo à hesitação da Agência Europeia do Medicamento.
República Checa e Croácia também não esperam pela luz verde europeia. Já estão em negociações para comprar a vacina russa. O Luxemburgo pode vir a seguir o mesmo caminho.
Os atrasos na chegada das vacinas abrem a porta à Sputnik V que, de acordo com uma revista científica britânica, tem uma eficácia de 91,6%.
A Rússia espera que o regulador europeu inicie o processo de autorização da vacina esta semana. Para já, não tem capacidade para responder aos pedidos de todos os países e tem como prioridade a campanha nacional de vacinação.
- Covid-19: vacinas chinesas e russas farão da Hungria líder na imunização
- Rússia acusa Ocidente de "egoísmo" e de aproveitamento político da pandemia
- Hungria é o primeiro país da UE a imunizar cidadãos com vacina chinesa
- Vacinas contra a covid-19: as que estão a ser usadas e as que estão a caminho
- A União Europeia moveu uma guerra diplomática contra a Rússia por causa da vacina Sputnik V?