O Governo autorizou esta sexta-feira a venda de testes rápidos de antigénio à covid-19 ao público, passando, a partir de sábado, a estar disponíveis em farmácias ou outros “locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica”. Rui Pinto, presidente do Colégio de Análises Clínicas, explicou, na Edição da Tarde, como se deve proceder para realizar este teste.
“Nós vamos aconselhar às pessoas que usem uma zaragatoa – que vai ser fornecida juntamente com o reagente –, que a coloque a cerca de 1 cm ou 1,5 cm para o interior do nariz, que se faça o movimento circular e que se tente fazer com alguma pressão para se tirar o máximo possível de produto biológico para poder ser testado”, esclarece o especialista.
Os testes rápidos de antigénio são os mesmos que têm sido usados por profissionais de saúde, mas passaram a ter uma autorização especial para serem autotestes.
Desta forma, na bula médica será incluída uma explicação de como se deve realizar o teste, de forma a permitir que cada indivíduo o possa fazer em casa e a si próprio. Rui Pinto reconhece que é um teste desconfortável e que é possível aparecerem falsos negativos.
“Nós sabemos que, à partida, [no teste] realizado pela própria pessoa há sempre incómodo em colocar a zaragatoa na narina. Se não se executar o teste devidamente, segundo as instruções do fabricante, corremos o risco de haver um conjunto de fenómenos que podem, sem dúvida alguma, condicionar o resultado final”, explica acrescentando que os resultados negativos “têm de ser olhados com algum cuidado e alguma precaução”.
Caso o testes der um resultado positivo, o cidadão deverá entrar em contacto com a Saúde24 para informar as autoridades, manter-se em confinamento e seguir as indicações dos profissionais de saúde.
“A taxa de falsos positivos é muito baixa, são testes altamente específicos. Uma da coisa que se deve fazer de imediato: ficar confinado, manter as regras a que já estamos todos habituados até que alguém os oriente para o comportamento a ter a seguir”, aconselha o especialista.
Para Rui Pinto, a disponibilização dos autotestes nas farmácias tem como objetivo “disponibilizar de uma maneira rápida” uma forma de testagem para as pessoas que queiram “estar mais reservadas na sua casa”.