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Apoios sociais. Tribunal Constitucional não tem prazo para se pronunciar sobre diploma

Como se trata da apreciação de uma medida que já está em vigor, os juízes não têm prazo para emitir a decisão.

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António Costa anunciou, esta quarta-feira, que irá enviar o diploma sobre os apoios sociais para o Tribunal Constitucional (TC). O Palácio Ratton não tem prazo para se pronunciar.

A primeira consequência para o Estado, causada da promulgação pelo Presidente da República deste diploma que foi aprovado no Parlamento com uma coligação negativa, é começar a pagar apoios aos trabalhadores independentes, pais em teletrabalho e profissionais de saúde.

Com o envio do diploma para o TC, as atenções viram-se para o Palácio Ratton. No entanto, como se trata de uma fiscalização sucessiva – uma apreciação que acontece quando a medida já está em vigor – os juízes não têm prazo para se pronunciarem.

Se o TC se pronunciar depois de ser aplicada a medida e da despesa ter já sido feita, o Governo não terá como pedir aos contribuintes que devolvam os apoios sociais.

Caso a decisão seja favorável ao Governo, isso poderá ser um trunfo para o Executivo que, por ser minoritário, está mais suscetível à repetição de episódios como este.

O Governo acredita que o diploma aprovado por todos os partidos da oposição viola a Constituição, no artigo que diz que os deputados não podem apresentar propostas que envolvam um aumento das despesas ou diminuição das receitas previstas no Orçamento do Estado – a chamada lei travão.