Coronavírus

Covid-19. "Ao arriscar abrir tudo, podemos correr o risco de ter de voltar atrás"

Bernardo Gomes, médico de Saúde Pública, considera que o plano de desconfinamento inicial é "ambicioso".

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O médico Bernardo Gomes considera que o plano de desconfinamento inicial é "ambicioso", no sentido de cada fase ser separada apenas por 15 dias, e defende a adoção da taxa de incidência vizinha, para "não prejudicar pessoas desnecessariamente".

Na Edição da Tarde, da SIC Notícias, fala na possibilidade da reabertura com "base em algo que não estejamos a medir completamente" e afirma que é necessário desfazer a dicotomia entre saúde e economia.

"Aquilo que os especialistas querem é que não voltemos atrás (…) Ao arriscar abrir tudo, podemos correr o risco de ter de voltar atrás e acho que ninguém quer isso."

O médico destaca a sugestão dada pelo matemático Óscar Felgueiras da taxa de incidência vizinha, defendendo a sua adoção. "Faz com que não penalizemos concelhos pequenos por causa de ocorrências, surtos que até estão controlados"

O médico fala ainda sobre o desconfinamento a nível nacional e local e dos indicadores de incidência e Rt, considerando que há sítios do país que estão "tranquilos e controlados". Destaca a testagem em massa que tem vindo a ser feita e a quebra dos internamentos.

Sobre a vacinação contra a covid-19, Bernardo Gomes diz que já está a ter efeitos em Portugal, "especialmente na faixa etária mais velha".