O Presidente da República defendeu esta quinta-feira que, no processo de desconfinamento em curso, agora sem estado de emergência, a responsabilidade é sobretudo dos portugueses, a quem pediu disciplina para evitar retrocessos na contenção da covid-19.
"Os portugueses revelaram coragem e disciplina nestes meses muito difíceis. Eu conto com a mesma coragem, com a mesma resistência e com a mesma disciplina."
Marcelo lembrou ainda "que o fim do estado de emergência não é o fim da responsabilidade dos portugueses, nem é o fim da pandemia. Portanto, a pandemia ainda aí está, a responsabilidade dos portugueses deve continuar, como sempre esteve".
Segundo o Presidente da República, que não se quis intrometer no "exercício da competência do Governo" quanto às medidas do plano de desconfinamento, o comportamento dos portugueses "vai naturalmente explicar os passos seguintes, nas semanas seguintes, nos meses seguintes".
O Presidente da República mostrou-se certo de que os portugueses se lembram dos altos e baixos da propagação da covid-19 em Portugal desde março do ano passado: "Os portugueses têm a experiência de um ano e dois meses, têm a experiência de uma primeira vaga muito difícil, têm a experiência depois de um desconfinamento com agravamento da situação mais tarde, ainda no ano passado, e depois dos meses muito difíceis deste ano. Não é uma memória longínqua", referiu. De acordo com o Presidente da República, "sabendo isso, não deixarão de manter uma atitude de bom senso, de prudência, de precaução e de disciplina".
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