Coronavírus

Covid-19. Os critérios para a dispensa do uso de máscara, segundo a OMS

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Um homem conduz o seu "Pedi Cab" (também conhecido como "eco táxi"), que tem um cartaz que recorda a importância do uso de máscara para evitar a propagação do novo coronavírus, em Manila, nas Filipinas.
Um homem conduz o seu "Pedi Cab" (também conhecido como "eco táxi"), que tem um cartaz que recorda a importância do uso de máscara para evitar a propagação do novo coronavírus, em Manila, nas Filipinas.
Aaron Favila

A dispensa do uso de máscara só deve ser equacionada quando se verificar uma boa cobertura de vacinação contra a covid-19 e uma reduzida transmissão do vírus SARS-CoV-2, alertou esta sexta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS).

"Os países deverão levar em consideração a cobertura de vacinas e a taxa de incidência local [do vírus que provoca a covid-19] antes de decidirem retirar estas medidas", afirmou Michael Ryan, diretor do programa de emergências da OMS, em conferência de imprensa.

Os Estados Unidos anunciaram na quinta-feira que vão acabar com a obrigatoriedade do uso de máscaras faciais para pessoas vacinadas, incluindo em alguns ambientes fechados, devido à evolução favorável do combate à pandemia de covid-19, uma mudança saudada pelo presidente Joe Biden.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) reviram as suas orientações para pessoas totalmente vacinadas, permitindo que estas deixem de usar máscaras ao ar livre em multidões e na maioria dos ambientes fechados.

Contudo, é ainda exigido o uso de máscaras em ambientes fechados lotados, como autocarros, aviões, hospitais ou prisões.

"Ainda não estamos fora de perigo"

Na conferência de imprensa desta sexta-feira, realizada por via digital a partir da sede da OMS, em Genebra, Michael Ryan recordou que as vacinas contra a covid-19 protegem contra a doença mais grave, mas ainda não há "grande prova sobre a capacidade de uma pessoa vacinada infetar outras pessoas".

Perante isso, os países que pretendem retirar a obrigação do uso de máscara, só o devem fazer "levando em consideração a intensidade de transmissão nesta área e, em simultâneo, o nível de cobertura da vacinação", adiantou o responsável da OMS para os programas de emergência, sem se referir especificamente aos Estados Unidos.

Para a epidemiologista Maria Van Kerkhove, responsável técnica da resposta da OMS à covid-19, a decisão das autoridades nacionais sobre a dispensa do uso de máscara tem sempre de ser avaliada "dentro do contexto" epidemiológico de cada país, mas também do nível de vacinação alcançado.

"Ainda não estamos fora de perigo. Ainda existem muitas incertezas devido às variantes e temos de fazer todo o possível para evitar mais infeções e salvar vidas", alertou a epidemiologista.

Uso de máscara em Portugal. Regras poderão ser aliviadas para vacinados

O uso da máscara em Portugal pode começar a ser aliviado em breve, mas só em espaços abertos e para quem já tomou a vacina contra a covid-19.

A possibilidade é admitida por um grupo de especialistas, num estudo sobre as medidas de prevenção que se seguem.

No entanto, os peritos sublinham que é crucial manter a testagem e atenção especial sobre as novas variantes, os internamentos e o número de jovens infetados.

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O estudo pedido pelo Governo aos especialistas já foi entregue e analisado. O passo seguinte é decidir o que fazer em Portugal, tendo sempre como pano de fundo o resto do mundo.Os últimos dados permitem concluir que só daqui a 17 meses é que se pode garantir que a população mundial terá tomado pelo menos uma dose da vacina.

Para já, o uso da máscara é obrigatório, mesmo na praia até ao momento de estender a toalha.

As novas regras de combate à covid-19 só serão aplicadas quando estiver completa a vacinação de todos os cidadãos que tenham mais de 60 anos.