Coronavírus

Cuidados intensivos sob pressão. Administração de Saúde de Lisboa prevê transferir doentes

77% das camas de cuidados intensivos dedicadas a doentes com covid-19 estão ocupadas.

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A região de Lisboa tinha, este sábado, 73 doentes covid internados em cuidados intensivos, o que representa 77% das camas dedicadas a doentes criticos infetados com Sars-Cov-2.

Preventivamente, e para não prejudicar os doentes não covid, a Administração de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo prevê transferir doentes críticos para hospitais de outras regiões, nomeadamente Alentejo e Centro.

"Não queremos que a taxa ultrapasse os 85% e, profilaticamente, faremos transferências interregiões e a nível nacional", disse António Pais Martins, médico da Comissão de Acopanhamento de Medicina Intensiva.

Ainda existem camas vagas, mas a Administração de Saúde já contactou outras regiões para transferir doentes críticos por precaução. A ideia é evitar que seja necessário alocar mais serviços e meios de tratamento da covid-19, prejudicando outros doentes, como já aconteceu várias vezes desde o início da pandemia.

A maioria dos doentes nos cuidados intensivos tem entre os 40 e os 59 anos, o que contribui para uma recuperação mais rápida. Enquanto, em março, os doentes ficavam nos cuidados intensivos durante, pelo menos, três semanas, agora ficam entre 10 a 13 dias em média.

O número de pessoas com ventilação invasiva também é menor, um grande benefício para os doentes que não precisam de ficar em coma induzido.

Quanto às camas de enfermaria, estão ocupadas 221 das 336 camas que a região de Lisboa tem exclusivas para doentes infetados com novo coronavirus.