Em França, a obrigatoriedade de apresentar o passe sanitário foi alargada a praticamente todos os serviços do dia-a-dia. Agora, até quem quer estar numa esplanada tem de apresentar o comprovativo de vacinação ou de teste negativo. Os empresários da restauração queixam-se de grandes prejuízos para o negócio.
Ao contrário do habitual, os clientes chegam a conta gotas. Alguns não passam da porta, porque só aí se lembram que a rotina em França mudou. Se há quem se esqueça, há também quem simplesmente não vá aos restaurantes e o negócio ressente-se.
Apesar de haver alguma tolerância nos primeiros dias, as autoridades já estão na rua para fazer cumprir as novas medidas. Seja na esplanada de um restaurante, à entrada de um hospital, num ginásio ou no embarque para uma viagem, os franceses têm de apresentar um teste negativo com menos de 72 horas ou o certificado de vacinação completa.
O Governo tem esperança de convencer 10 milhões de franceses a receberem a vacina graças ao passe sanitário. Mas a medida não é consensual no país. Ainda no fim de semana passado, perto de 240 mil pessoas saíram à rua para a contestar.
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