Um estudo avançado pelo Instituto Gulbenkian de Ciência terminou o inquérito serológico feito em cinco lares e concluiu que 63% dos idosos com mais de 70 anos têm anticorpos seis meses após a vacinação.
O objetivo foi comparar a diminuição dos anticorpos gerados pela vacina contra a covid-19 entre os mais idosos e os mais novos.
O estudo concluiu que o desaparecimento dos anticorpos é mais rápido na população mais idosa.
Os testes foram realizados a 260 idosos e 160 funcionários em três fases, isto é, antes da vacina, a seguir à primeira dose e logo depois da segunda dose. Nesta última testagem, os idosos com mais de 70 anos, 63% mantinham os anticorpos, já os funcionários com uma média de idades de 45 anos, mais de 98% continuava protegido.
A diminuição dos anticorpos acontece sobretudo nos mais velhos, que têm o sistema imunitário mais débil. Não significa que os vacinados ficam desprotegidos contras as novas infeções.
Os cinco lares voltam a ser testados no final do ano. Além dos utentes dos lares, os investigadores querem fazer testes serológicos a outros grupos vulneráveis, nomeadamente, a pessoas com doenças crónicas.
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