Coronavírus

Covid-19: Costa afasta cenários catastróficos em relação à crise económica

O primeiro-ministro diz que Portugal pode convergir com a União Europeia ainda este ano.

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O primeiro-ministro afasta cenários catastróficos em relação à crise económica provocada pela pandemia de covid-19. António Costa esteve esta manhã no Congresso da Ordem dos Economistas, onde defendeu que nos últimos anos o país conseguiu criar condições para enfrentar a crise atual.

"Convergimos assim com a União Europeia em 2016, 2017, 2018 e 2019 e tudo aponta que retomemos o caminho da convergência já em 2022, senão mesmo neste ano de 2021", afirmou.

O primeiro-ministro considerou que, quando começou a crise social e económica derivada da pandemia de covid-19, Portugal estava "numa posição de partida significativamente melhor" face à crise de 2008, exemplificando que o país registou "entre 2015 e 2019 um crescimento do PIB de 11,5% em volume" e as exportações têm hoje "o maior peso do PIB na história, 43,5%".

Atualmente, o país retomou "o crescimento económico, a taxa de desemprego está a um nível inferior ao nível em que se encontrava antes da crise, as exportações estão de novo a crescer", há um "novo máximo de investimento empresarial no primeiro semestre deste ano e a AICEP encerrará este ano com um novo máximo histórico de investimento contratado", indicou.

"O bom desempenho recente dá-nos confiança para esta recuperação, mostra que não estamos condenados a divergir e a definhar. Mostra que é possível mobilizar a sociedade e a economia portuguesas para um processo de recuperação que não se limite a fazer-nos regressar onde estávamos, mas que nos permita retomar um ciclo de convergência e de melhoria do nível de vida dos portugueses e das portuguesas que é o que seguramente todos desejamos", salientou António Costa.

E indicou que o país enfrentou a pandemia "melhor do que se podia imaginar" e tem "bons motivos para encarar com confiança o futuro", ainda que ressalvando que os desafios que tem pela frente "são enormes".

De acordo com o primeiro-ministro, Portugal levará "cerca de dois anos a recuperar o nível do PIB pré-pandemia, que deverá ocorrer em meados do próximo ano, quando foram necessários nove longos anos para recuperarmos o mesmo nível de PIB anterior à crise económica e financeira de 2008-2011".

Apontando que desta vez "foi diferente", Costa destacou que "foi possível colocar no terreno uma resposta europeia muito robusta", que espera que constitua "uma verdadeira mudança de paradigma".

Salientando que Portugal teve "em 2019 o primeiro 'superavit' orçamental", foi possível diminuir "o peso da dívida no PIB em mais de 14 pontos percentuais" e reforçar "de forma significativa a sustentabilidade da Segurança Social", o primeiro-ministro defendeu que isso permitiu "uma resposta mais robusta à pandemia e às suas consequências económicas e sociais".

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