Coronavírus

Covid-19: Estados-membros concordam em restringir viagens a 7 países de África

Aplicação de quarentenas e testes são também recomendadas.

Covid-19: Estados-membros concordam em restringir viagens a 7 países de África
Yves Logghe / Reuters

Os 27 Estados-membros da União Europeia concordaram, esta sexta-feira, em aplicar restrições a todos os voos oriundos de sete países da África Austral.

Representantes dos 27 estiveram reunidos em Bruxelas e chegaram a acordo para aplicar rapidamente medidas restritivas, incluindo a suspensão de voos a partir de Moçambique, Namíbia, África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto e Zimbabué.

No Twitter, a presidência eslovena do Conselho da UE, informou que o grupo de Resposta do Conselho a situações de crise (IPCR), juntando Estados-membros, instituições europeias e especialistas, se reuniu e "concordou com a necessidade de ativar o mecanismo travão de emergência e impor restrições temporárias a todas as viagens para a UE a partir da África Austral".

Para além da suspensão de voos, outra das recomendações passa pela aplicação de quarentenas e testes.

O entendimento entre os 27 não será implementado de forma automática, cada país terá agora de decidir, de acordo a lei nacional, e avançar com as várias medidas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou esta sexta-feira a nova variante de covid-19, detetada em África do Sul, como "preocupante".

Segundo a OMS, a variante Omicron tem "um grande número de mutações, algumas das quais preocupantes". Dados preliminares sugerem "um risco acrescido de reinfeção" com esta estirpe, por comparação com outras variantes de preocupação, adianta a agência da ONU em comunicado.

Esta é a quinta variante a receber uma designação, a OMS atribuiu à variante B.1.1.529 a letra grega "Omicron".

REGISTADO PRIMEIRO CASO DA NOVA VARIANTE NA EUROPA

A Bélgica detetou o primeiro caso desta nova variante na Europa. Foi identificado numa mulher não vacinada que viajou do Egito para a Bélgica, via Turquia, no dia 11 de novembro, avança a Reuters. Os primeiros sintomas apareceram no dia 22 de novembro e esta sexta-feira foi confirmado que se trata da nova variante do novo coronavírus.

Segundo o The Guardian, esta mulher não teve qualquer ligação com a África do Sul ou com qualquer outro país da região sul do continente africano. O jornal britânico diz ainda que nenhum dos familiares com quem teve contacto desenvolveram sintomas.

Portugal está atento e preocupado com as informações que chegam da África do Sul. Até ao momento, ainda não foi identificado nenhum caso da nova variante do coronavírus. O investigador do INSA, João Paulo Gomes, afirmou que a nova variante do coronavírus detetada na África do Sul é "um motivo de preocupação, mas não é motivo de alarme total".

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, diz que ainda está a ser avaliada a necessidade de restringir os voos da África Austral, uma avaliação que é feita em conjunto com o ministro dos Negócios Estrangeiros.

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