A BF.7 foi identificada pelas autoridades chinesas como a nova variante dominante da covid-19 e é mais infecciosa e difícil de detetar, mas menos letal que as anteriores mutações do vírus.
Identificada em setembro, a nova subvariante tornou-se já predominante entre os doentes de covid-19 em território chinês. Xu Wenbo, especialista do Centro de Controlo de Doenças da China, explica que a BF.7 é uma subvariante da terceira descendente subestirpe BA.5 da Omicron.
Acrescenta que esta nova variante é menos patogénica, mas mais transmissível e mais difícil de detetar, o que trouxe dificuldades acrescidas à prevenção e controlo da epidemia.
“O vírus é o nosso inimigo comum. Os Governos e profissionais estão também a otimizar as medidas de prevenção e o controlo com base nas suas características de mutação, transmissibilidade e patogenicidade, de modo a proteger em grande medida a vida e a saúde das pessoas”, evidencia Xu Wenbo.
Em Pequim, a Comissão Nacional de Saúde prometeu acelerar a vacinação para maiores de 60 anos. A insuficiente taxa de imunidade, sobretudo entre os idosos, tem sido um dos argumentos de peso para justificar uma política sanitária rígida e as medidas restritivas dos últimos três anos.
Os confinamentos de cidades inteiras, as quarentenas à chegada do estrangeiro e os testes quase diários à população são um dos rastilhos da atual onda de descontentamento popular na China.