Coronavírus

Análise

Uso de máscara regressa a alguns hospitais: “É importante serenar as pessoas sobre o que está a acontecer”

Tiago Correia explica os motivos que levaram ao regresso do uso da máscara ao Santa Maria e ao Pulido Valente, em Lisboa. O O comentador da SIC analisa também a anunciada reforma no SNS e a campanha de vacinação contra a covid-19 e gripe, que começa no final de setembro

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Voltou a ser necessária a utilização de máscara no Hospital de Santa Maria e no Pulido Valente, em Lisboa, devido ao aumento do número de casos de covid-19. A Direção-Geral da Saúde (DGS) não vai dar qualquer indicação para o regresso generalizado das máscaras às unidades de saúde e defende que que o uso de máscaras de proteção deve ser decidido por cada hospital. Para Tiago Correia, o regresso do uso da máscara a algumas unidades de saúde "é uma questão de civismo", "um mecanismo de prevenção daqueles que são mais vulneráveis" e não pode ser visto como um “atentado às nossas liberdades individuais”.

"É importante serenar as pessoas sobre o que está a acontecer. Há um aumento do número de casos por covid-19. Isso está a ser reportado laboratorialmente, ou seja, deixámos de fazer os testes que sempre fizemos durante a chamada pandemia e, portanto, só são detetados os casos que são analisados, por exemplo, em contexto hospitalar e laboratorialmente.

Segundo esse indicador, o número de casos está a aumentar. Significa que sobretudo em contextos hospitalares, centros de saúde, lares possivelmente é recomendado utilizamos medidas preventivas para evitar que este aumento do número de casos se traduza naquilo que ninguém quer que se traduza, que é o o agravamento do estado de saúde de pessoas que já estão em fragilidade e vulnerabilidade", explica o comentador da SIC.

Tiago Correia sublinha que a associação entre infeção e doença grave neste momento não está a acontecer, nem mesmo em Santa Maria.

Campanha de vacinação contra covid-19 e gripe

A vacinação contra a covid-19 e a gripe começa a ser administrada no dia 29 de setembro. A campanha de vacinação vai ser feita nas farmácias e o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, garantiu que não irão faltar vacinas para quem precisar e quiser ser vacinado.

"A vacinação vai ser feita a partir do final de setembro, com vacinas já adaptadas às novas variantes que neste momento estão a predominar e que estão justificar este aumento do número de casos.

As pessoas que são elegíveis para a vacinação devem aceitar a vacina para a covid-19 e a vacina para a gripe, porque isto vai protegê-las e aquilo que é expectável que aconteça é um aumento do número de infeções para todos nós, que vamos ter a segunda, a terceira, a quarta infeção ligeira, moderada, assintomática, mas isso faz parte agora do processo da convivência endémica", defende Tiago Correia.

Estudo do INSA revela medo dos efeitos adversos das vacinas em maiores de 65 anos

O professor de Saúde Internacional refere também um estudo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), publicado recentemente, que dá conta da “hesitação vacinal entre as pessoas com mais de 65 anos em relação à vacina da gripe no Inverno de 2021 e que apontava um terço das pessoas que não quiseram ser vacinadas, sabendo que deviam ser vacinadas por desconsiderarem a gripe e por terem medo dos efeitos adversos das vacinas".

Tiago Correia sublinha a importância destes dados que dão as autoridades de saúde a indicação de que são sobretudo necessárias “campanhas que informem as pessoas acerca dos benefícios das vacinas e, sobretudo, dos malefícios de vírus”.

Reforma do Serviço Nacional de Saúde

O Serviço Nacional de Saúde vai sofrer uma "grande reforma" a partir de janeiro de 2024 com a criação de 31 Unidades Locais de Saúde, que se juntam às oito já existentes, anunciou na semana passada diretor-executivo do SNS, Fernando Araújo.

“Não me interessa que se faça uma discussão sobre reorganizações de Unidades Locais de Saúde, quando os profissionais têm tanta dificuldade de negociar com o Ministério aquilo que é a valorização das suas carreiras, que toda a gente reconhece como sendo uma reivindicação justa e necessária.

Não há nenhum sistema de saúde no mundo que sobreviva e que se mantenha estável com os seus profissionais desmotivados e, sobretudo, com os seus profissionais a querer emigrar e com jovens que não querem entrar para os profissões de saúde. É esse o risco que se corre nas próximas gerações se nada for feito, porque é isso que acontece na generalidade dos países", alerta Tiago Correia.

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Uso de máscara : "Mecanismo de prevenção daqueles que são mais vulneráveis"
"é um atentado às nos
é uma questão de civismo e de prevenção dos mais vulneráveis
Recomendado usar medidas preventivas

Há um aumento do número de casos de covid-19

Neste momento, ninguém pode dizer que é isso que vai acontecer e é importante serenar as pessoas sobre o que está a acontecer a um aumento do número de casos por COVID-19. Isso está a ser reportado laboratorialmente, ou seja, deixamos de fazer os testes que sempre fizemos durante a chamada pandemia e, portanto, só são detectados os casos que são analisados, por exemplo, em contexto hospitalar e laboratorialmente.
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- vacinas
A vacinação contra a covid-19 e a gripe começa a ser administrada no dia 29 de setembro. A campanha de vacinação vai ser feita nas farmácias e o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, garantiu que não irão faltar vacinas para quem precisar e quiser ser vacinado.

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A data foi avançada pelo diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo. Já o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, garantiu que não irão faltar vacinas para quem precisar - e quiser - ser vacinado.
A campanha de vacinação contra a gripe e covid-19 arranca este mês. Vai ser feita nas farmácias que, ainda não têm indicação do dia, mas dizem-se preparadas.

- estudo vacinas IRJ

- reforma SNS


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No Hospital de Santa Maria e no Pulido Valente, em Lisboa, volta a ser necessário utilizar máscara. Em causa está o aumento do número de casos de covid-19. A Direção-Geral da Saúde (DGS) defendeu esta quarta-feira que o uso de máscaras de proteção deve ser decidido por cada unidade de saúde.

não vai dar qualquer indicação para o regresso generalizado das máscaras às nidades de Saúde. A SIC apurou que o uso obrigatório de máscara aplica-se apenas nos hospitais Santa Maria e Pulido Valente, ambos em Lisboa.
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A Direção Geral de Saúde (DGS) defendeu esta quarta-feira que o uso de máscaras de proteção deve ser decidido por cada hospital, perante a evolução dos casos de covid-19 em cada unidade e para proteger os mais frágeis.