Luís Montenegro acusa o PS de intransigência e garante que tentou tudo para evitar eleições antecipadas. Pedro Nuno Santos lembra que o PS não cede a chantagens e que a atuação do Governo foi vergonhosa. Questionado sobre se alguém sai bem deste processo que conduziu a eleições antecipadas, Martim Silva responde:
"A grande resposta a essa questão será dada em última circunstância no dia das eleições, seja 11 de maio, 18 de maio ou 25 de maio, no sentido em que nós temos as terceiras eleições antecipadas em três anos e, portanto, a terceira crise política".
Depois da queda do Governo, o Presidente da República recebe esta quarta-feira os partidos representados na Assembleia da República. Os encontros deverão servir para debater a data para as legislativas antecipadas.
"A grande questão é, nós estamos em crise política há um mês, o resultado expectável é eleições, vamos para eleições, que de facto ninguém desejava à partida, mas a convicção com que eu fico, ainda ontem à tarde estava no Parlamento, é que aqui chegados, em boa verdade, já ambos os lados estavam conformados e com vontade de eleições e a preparar um discurso de eleições. Foi isso a que nós assistimos ontem. Veremos qual é o efeito disto no eleitorado", realça o subdiretor de Informação da SIC.
Martim Silva analisa também as declarações de Fernando Medina, que lamenta que não ter sido possível evitar eleições antecipadas. O socialista diz que houve aproveitamento político do caso que envolve o primeiro-ministro, mas considera que Luís Montenegro fez uma má avaliação do assunto.
Para quinta-feira está marcado o Conselho de Estado. É o passo que falta a Marcelo Rebelo de Sousa depois de ouvir os partifos para poder marcar oficialmente eleições antecipadas. O chefe de Estado já avançou que a ida às urnas pode acontecer a 11 ou 18 de maio.