Não se esqueça que esta noite há mais dois debates: cerca das 21:00, na RTP, encontram-se Pedro Nuno Santos (PS) e Rui Tavares (Livre).

E, uma hora depois, pelas 22:00, e a fechar a noite, André Ventura (Chega) e Paulo Raimundo (PCP) defrontam-se na CNN.

Os debates regressam à SIC no próximo domingo, 11 de fevereiro, com PSD-PAN às 21:00 na SIC, e BE-PCP às 22:00 na SIC Notícias.

Bernardo Ferrão, Daniel Oliveira, Pedro Marques Lopes e Ricardo Costa analisam e dão notas a Inês Sousa Real (PAN) e Rui Rocha (IL).

Se a porta-voz do PAN disse querer esperar pelo relatório da UTAO para tomar uma posição, o líder liberal deu a mesma resposta é preciso avaliar quanto custa.

Lembrando que o PAN viabilizou “todos os OE de António Costa desde 2019”, Rui Rocha vincou que “quando a IL apresentou na AR uma proposta de salários que abrangia os cinco primeiros escalões, o que fez o PAN? Não viabilizou”.

E Inês Sousa Real o que diz? Apontando baterias para o Salário Mínimo Nacional, “Portugal não pode ser país de mínimos olímpicos” e a ideia é 1.100 euros - acomoda inflação e para garantirmos que empresas têm capacidade de ser competitivas garantir que o salário médio cresce dando benefícios às empresas para quem tenha boas práticas - gap entre salários de topo e médio, para que tenhamos uma melhor justiça fiscal e tributária. Regule-se estas matérias, para que o país possa crescer e desenvolver.

Recuperando a promessa de médico família para as crianças até nove anos, e garantindo que “se o SNS não tem essa capacidade, resolve-se com privados”.

Questionado sobre se não é imprudente insistir numa promessa que foi também de António Costa, Rui Rocha assegurou que não porque os "contornos e visão estrutural são muito diferentes”

O que a IL quer é "salários para jovens, casa para jovens, condições para educarem [os seus filhos], saúde. E assim se constrói um país para os jovens e esse pais é Portugal".

Na resposta, Inês Sousa Real insistiu na ideia de que a IL quer “o país da grande ilusão liberal, mas bilhete não está ao acesso de todos”.

PAN ainda não apresentou o programa eleitoral e isso não escapou. Aproveitando a deixa de Inês Sousa Real - “Nós olhámos para o programa da IL” -, Rui Rocha não hesitou.

“Nós não Inês, nós não podemos olhar, pois ainda não apresentarem mas ainda bem que puderam ler o nosso”, afirmou o liberal

Recusam ser negacionistas das alterações climáticas, mas recusam alarmismo, qual é então a posição da IL?

“A designação emergência climática foi legitimada para viabilizar visões proibicionistas, a IL não participa. Se estivermos a falar de trazermos progresso, estaremos disponíveis. Essa discussão deve ser tido no sentido de trazer crescimento económico e sustentabilidade, acabamos de anunciar o nosso manifesto para o crescimento sustentável, baseado na tecnologia e inovação”

“Não podemos ver um país na ilusão liberal, isso é enganar as pessoas. Portugal tem um problema grave de seca e depois querer implementar uma tecnologia que depende claramente de largas quantidades de água, em Portugal não é uma tecnologia sobre a qual podemos olhar com ligeireza (…). Impacto ambiental põe em causa o desenvolvimento sustentável do país”