Depois de uma ação de rua da Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro, presidente do PSD, garantiu aos jornalistas que não se sentiu intimidado, coagido nem cercado pelos polícias que se manifestaram à porta do Capitólio na segunda-feira, antes do debate pré-eleitoral com Pedro Nuno Santos.
O social-democrata disse ainda que desconhecia "a tramitação" daquela manifestação, se estava ou não autorizada para aquele local, e reitera que, para si, não houve quaisquer condicionamentos.
“Para mim não houve nenhum, nenhum mesmo”, afirmou.
Questionado sobre se é ou não aceitável em democracia que as forças de segurança façam um protesto que não estava autorizado para aquele local, numa espécie de cerco a um debate pré-eleitoral, o presidente do PSD agradeceu a pergunta.
"Aproveito para clarificar: eu não me senti cercado. Eu não conheço os trâmites nos quais a manifestação foi organizada. Não me senti cercado nem intimidado à entrada nem à saída do espaço onde decorreu o debate", afirmou.
Quando questionado sobre as reivindicações que têm motivado os protestos da PSP e da GNR, Luís Montenegro disse já ter tido ocasião para conversar com os sindicatos e associações das forças de segurança, dizendo-lhes que durante a campanha eleitoral não toma decisões devido à pressão pública.
"Fui, aliás, o primeiro líder político a recusar tomar essa posição e a dizer que estava de peito aberto, disponível para iniciar um processo negocial dos primeiros dias do nosso Governo. Também tive ocasião de dizer, e reitero, que o protesto, a manifestação são legítimas, no caso até têm justificação, mas não devem ultrapassar os limites que deem tranquilidade e segurança pública", completou.
Com LUSA