O secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, critica o programa da Aliança Democrática (AD). No podcast "Os Protagonistas", de Sebastião Bugalho, diz que falou da sua vida pessoal em público para as pessoas o conhecerem “além da política” e afastou ainda a possibilidade de consagrar o aborto na Constituição portuguesa.
Há um novo episódio de tensão entre Pedro Nuno Santos, do PS, e Luís Montenegro, do PSD. O secretário-geral do PS diz que foi vítima de um ataque pessoal por parte do líder do PSD. Na SIC Notícias, garantiu que não ataca o adversário no campo pessoal.
Luís Montenegro tinha dito que Pedro Nuno Santos não tem estabilidade emocional. O socialista considerou a declaração lamentável e pede respeito na campanha.
"Não critico Luís Montenegro, critico o programa político que a AD apresenta ao país que, para mim, é profundamente negativo para a maioria do povo português", afirma.
Questionado se se arrepende de ter falado da sua vida pessoal em público, Pedro Nuno Santos considera que foi uma "oportunidade de as pessoas o conhecerem além do político".
"Tenho uma imagem combativa, de assertividade. Nós temos outra dimensão - que achamos às vezes que não faz sentido ser conhecida - é importante. A forma como estamos na vida, a forma como nos relacionamos com a família e amigos, também condiciona a forma como governamos".
E o aborto na Constituição?
No podcast da SIC Notícias, o secretário-geral do PS diz que consagrar o aborto na Constituição "não está em cima da mesa".
Um dia depois de França ter aprovado (por larga maioria) que a interrupção voluntária da gravidez passa a ser um Direito Constitucional, Pedro Nuno Santos diz que é importante não voltar atrás.
"Avançamos muito em Portugal, o que não podemos fazer é recuar", afirma.
A poucos dias das eleições legislativas, Pedro Nuno Santos, líder do PS, esteve no podcast da SIC Notícias “Os Protagonistas”. Da direita à esquerda, Sebastião Bugalho entrevista uma série de personalidades da política nacional até ao dia em que os portugueses são, de novo, chamados às urnas.