Para João Maria Jonet, nem os votos dos emigrantes nem as declarações de André Ventura são surpreendentes, mas ser noticia o manifesto de sete militantes sem notoriedade faz-lhe uma certa confusão.
Existe a possibilidade de 40 a 50% dos votos dos emigrantes poderem ser anulados, mas para João Maria Jonet não é uma "questão extraordinária porque votou muita gente que não tinha votado nas eleições anteriores, portanto está a ser um processo de aprendizagem que aparentemente demora um bocadinho".
Tendo em conta os resultados das eleições nos círculos do território nacional, e a insatisfação dos eleitores, o comentador SIC diz que "surpreende-me pouco" que o Chega eleja dois deputados através dos votos da emigração.
Em relação às declarações de André Ventura à saída de Belém depois do encontro com Marcelo Rebelo de Sousa, João Maria Jonet diz que o líder do Chega está a "condicionar", porque "está desesperado para ir para o Governo".
Para João Maria Jonet, André Ventura "tem muita vontade de ocupar cargos e quando não consegue tenta encontrar maneiras criativas e digamos que politicamente bastante hábeis para ocupar esses cargos".
"Esta coisa de dizer que Marcelo Rebelo de Sousa é um entrave ao Chega é mais uma como várias estratégias de vitimização que interessam pouco", garantiu.
Sobre o grupo de sete militantes do PSD que subscreveu um manifesto onde pede uma solução governativa à direita com o Chega, Jonet analisou a situação com ironia e afirmou que lhe faz uma "certa confusão" que se noticie este manifesto assinado por sete subscritores com "baixo nível de notoriedade".