Eleições Legislativas

Marques Mendes considera que revisão constitucional não deve ser prioridade

O candidato presidencial sublinhou que até reformas eleitorais podem ser feitas atualmente sem qualquer "mexida na Constituição" e pediu que o foco esteja agora virado para a governação com um "sentido reformista e transformador".

Apresentação da candidatura de Luís Marques Mendes à Presidência da República em Fafe
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Luís Marques Mendes, candidato à Presidência da República, destacou a importância do papel do Presidente enquanto mediador da tranquilidade e da paz, na sequência dos resultados eleitorais deste domingo.

Os portugueses exerceram a liberdade conquistada com o 25 de Abril e foram às urnas. No dia seguinte às eleições, Luís Marques Mendes escolheu visitar uma exposição dedicada a cartazes políticos que foram alvo de censura no passado.

Perante os jornalistas, começou por sublinhar a vitória clara da Aliança Democrática (AD) e atribuiu à oposição a responsabilidade pela garantia da estabilidade governativa.

Quanto ao papel do atual Presidente da República, optou por não tecer grandes comentários. No entanto, foi mais explícito sobre a função do próximo Chefe de Estado — cargo que pretende ocupar — afirmando que tem ideias bem definidas sobre essa missão.

Relativamente a uma eventual revisão da Constituição da República, agora matematicamente viável com o peso parlamentar da direita, sublinhou que o Presidente não tem qualquer intervenção nesse processo. Ainda assim, não deixou de assinalar a possibilidade com alguma reserva.

Marques Mendes aproveitou ainda para saudar, de forma democrática, a candidatura do Almirante Gouveia e Melo, acrescentando que cada candidato escolhe o seu próprio tempo para avançar.