Eleições Legislativas

PS ou Chega? Votos da emigração vão decidir quem será o maior partido da oposição

A contagem dos votos dos portugueses residentes no estrangeiro começou, com mais de 300 mil votos recebidos. Este processo pode ser decisivo para determinar o maior partido da oposição nas próximas legislativas, com PS e Chega empatados a 58 deputados.

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Já começou a contagem dos votos enviados pelos portugueses residentes no estrangeiro, um processo que promete ser decisivo para definir quem será o maior partido da oposição.

Até agora, chegaram a Lisboa mais de 300 mil votos, a maioria provenientes do círculo da Europa, representando cerca de 20% do total das cartas enviadas.

A matemática eleitoral desta noite de votação deixou uma incógnita no ar: com o PS e o Chega empatados a 58 deputados cada, o voto dos emigrantes poderá ser o fator de desempate que determina o rumo da oposição.

O processo de contagem, que vai decorrer ao longo de dois dias na FIL, envolve mais de mil colaboradores que começam por separar os votos válidos dos nulos.

Cada envelope verde deve conter o boletim de voto, acompanhado pela fotocópia do cartão de cidadão no envelope amarelo, uma regra fundamental para que o voto seja validado. Apesar da experiência acumulada, os erros repetem-se anualmente e obrigam a uma verificação cuidada.

PS e PSD dominaram nos últimos 20 anos

Nos últimos 20 anos, o PS e o PSD repartiram tradicionalmente os mandatos atribuídos aos círculos da Europa e Fora da Europa.

Contudo, nas legislativas do ano passado, o Chega entrou neste cenário, elegendo um deputado por cada um dos dois círculos, reforçando a sua presença política.

Com quase 200 mil votos já contabilizados, o partido de André Ventura lidera ligeiramente à frente do PS na corrida pelo segundo lugar nas eleições, aumentando as probabilidades de consolidar esse resultado com os votos que ainda estão por contar.

Espera-se que a contagem fique concluída na quarta-feira e, no dia seguinte, o Presidente da República receba os líderes dos três maiores partidos.

O desenlace deverá passar pela indigitação de Luís Montenegro como futuro primeiro-ministro, marcando assim o próximo capítulo político em Portugal.

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