Eleições nos EUA

Procuradora da Geórgia investiga tentativa de influenciar eleições nos EUA

Embora o nome de Donald Trump não apareça na abertura da investigação, o ex-Presidente foi publicamente criticado por um telefonema que fez às autoridades eleitorais da Geórgia

Procuradora da Geórgia investiga tentativa de influenciar eleições nos EUA
Alex Brandon

Uma procuradora do estado da Geórgia anunciou esta quarta-feira que abriu uma investigação criminal para apurar "tentativas de influenciar" o resultado das eleições presidenciais nos EUA do passado dia 3 de novembro.

Embora o nome de Donald Trump não apareça na abertura da investigação, o ex-Presidente foi publicamente criticado por um telefonema que fez às autoridades eleitorais da Geórgia, onde sugeriu que alterassem o resultado das eleições, alegando que a contagem que dava a vitória ao seu adversário democrata, Joe Biden, poderia estar incorreta.

Num telefonema feito em janeiro, antes da validação dos resultados eleitorais pelo Congresso, o então ainda Presidente Donald Trump telefonou ao secretário do estado da Geórgia, Brad Raffensperger, pedindo-lhe para "encontrar" os votos suficientes para anular a vitória de Biden naquele estado.

Trump precisava de cerca de 11 mil votos para conseguir ultrapassar Joe Biden no resultado eleitoral na Geórgia.

Numa carta enviada a Raffensperger, a procuradora distrital do condado de Fulton, Fani Willis, informa que a investigação foi oficialmente aberta e que todos os registos relacionados com o processo de contagem de votos devem ser preservados, especialmente aqueles que podem servir de prova das alegadas tentativas de influenciar a ação das pessoas que administraram a eleição.

Trump queixou-se de fraude eleitoral, para justificar a sua derrota nas eleições presidenciais, e a sua equipa de campanha interpôs vários processos judiciais para contestar os resultados, embora todos tenham sido rejeitados pelos tribunais.

No dia 6 de janeiro, o Congresso validou a contagem do Colégio Eleitoral e Joe Biden tomou posse como 46º Presidente dos EUA no dia 20 de janeiro.