Uma procuradora do estado da Geórgia anunciou esta quarta-feira que abriu uma investigação criminal para apurar "tentativas de influenciar" o resultado das eleições presidenciais nos EUA do passado dia 3 de novembro.
Embora o nome de Donald Trump não apareça na abertura da investigação, o ex-Presidente foi publicamente criticado por um telefonema que fez às autoridades eleitorais da Geórgia, onde sugeriu que alterassem o resultado das eleições, alegando que a contagem que dava a vitória ao seu adversário democrata, Joe Biden, poderia estar incorreta.
Num telefonema feito em janeiro, antes da validação dos resultados eleitorais pelo Congresso, o então ainda Presidente Donald Trump telefonou ao secretário do estado da Geórgia, Brad Raffensperger, pedindo-lhe para "encontrar" os votos suficientes para anular a vitória de Biden naquele estado.
Trump precisava de cerca de 11 mil votos para conseguir ultrapassar Joe Biden no resultado eleitoral na Geórgia.
Numa carta enviada a Raffensperger, a procuradora distrital do condado de Fulton, Fani Willis, informa que a investigação foi oficialmente aberta e que todos os registos relacionados com o processo de contagem de votos devem ser preservados, especialmente aqueles que podem servir de prova das alegadas tentativas de influenciar a ação das pessoas que administraram a eleição.
Trump queixou-se de fraude eleitoral, para justificar a sua derrota nas eleições presidenciais, e a sua equipa de campanha interpôs vários processos judiciais para contestar os resultados, embora todos tenham sido rejeitados pelos tribunais.
No dia 6 de janeiro, o Congresso validou a contagem do Colégio Eleitoral e Joe Biden tomou posse como 46º Presidente dos EUA no dia 20 de janeiro.
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