Germano Almeida, comentador da SIC, destaca que Kamala Harris precisa de se dar a conhecer no debate presidencial de terça-feira com Donald Trump. Já sobre a guerra na Ucrânia, refere que, na frente leste, a Rússia continua a avançar, mas as tropas ucranianas também tentam retomar algumas posições.
Na SIC Notícias, Germano Almeida refere que Scholz, ao apelar a mais esforços pela paz na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, está a "preparar-se" para as eleições legislativas na Alemanha, que são daqui a um ano e que acontecem num "ambiente político complicado".
"O importante é uma paz justa e duradoura que defenda a soberania da Ucrânia. É importante que Scholz deixe isso claro", afirma.
Contudo, o especialista destaca que a Alemanha é "de longe" o país europeu que mais apoia a Ucrânia.
Sobre o encontro em na base militar dos Estados Unidos na Alemanha Ramstein, Germano Almeida refere que houve "coisas boas e coisas más". Por um lado, a Ucrânia conseguiu um reforço de ajuda na sua defesa. Por outro, não conseguiu "aquilo que queria mesmo": a aprovação da utilização de armas de longo alcance em território russo.
Há quatro países fundamentais para essa aprovação: EUA, Alemanha, França e Reino Unido.
Na frente leste, Germano Almeida destaca que os russos continuam a avançar em Pokrovsk e que a Ucrânia tem de se defender porque "caso contrário perde o ponto que abastece a frente de guerra". Por outro lado, as tropas ucranianas estão a tentar retomar algumas posições.
Eleições nos EUA: Kamala precisa de se dar a conhecer
Em relação às eleições nos Estados Unidos, Germano Almeida refere que, apesar de uma sondagem dar um ponto de vantagem a Trump, não é muito diferente das que têm havido até aqui. Isto porque a sondagem "faz a ponderação para votantes prováveis", os que estão mais perto de decidir os votos. Nesses votantes prováveis, há uma "carga maior de eleitores pouco qualificados" e, por isso, há uma "maior via" para Donald Trump.
Na SIC Notícias, o comentador refere que o debate presidencial marcado para dia 10 de setembro, terça-feira, é "mais importante" para Kamala Harris do que para Trump, uma vez que o ex-Presidente dos EUA é "mais conhecido" do eleitorado e de quem não gosta dele.
Para Germano Almeida, Kamala precisa de "se dar a conhecer mais", entrar "mais no detalhe" e apresentar "um conjunto de posições que até agora está a adiar". Já sobre Donald Trump, considera que o seu comportamento "é mais previsível".