Usou a Ucrânia a seu favor, assegurando que terminaria a guerra em três tempos se fosse eleito. Na Geórgia, Trump abriu o jogo. Mostrou as garras, lançou ataques diretos a Zelensky e aponta baterias à administração Biden.
Depois de ter feito da entrada de migrantes pela fronteira sul, bandeira de campanha das anteriores corridas, Donald Trump descobriu outro filão de medo.
“Não vão ficar satisfeitos até mandarem os jovens americanos para a Ucrânia e é isso que estão a tentar fazer. E as mães e os pais americanos não querem os filhos a lutar na Ucrânia e na Rússia. Não vamos deixar que os nossos soldados morram lá”, afirmou Donald Trump, candidato à presidência dos EUA
No estado-chave da Pensilvânia, uma pequena amostra de eleitores revela agora um súbito interesse pelos assuntos internacionais.
“Não sei como Kamala conseguiria lidar com os negócios estrangeiros. É o que tenho contra ela. A forma como vai lidar com Putin, a forma como vai lidar com estes problemas no estrangeiro, e penso que Trump irá lidar melhor com o assunto”, diz Robert Betton, apoiante de Trump.
Uma apoiante de Kamala ainda admite dúvidas quanto à competência mas não quanto à conduta.
“Olho para os dois e vejo uma escolha clara de quem irá liderar a nação e representar-nos em frente a todos. Preferia ter alguém que considerasse ter muita integridade e que considerasse ser uma pessoa mais respeitável”, explica Justin Waltrip, apoiante de Kamala Harris.
Depois do primeiro e, ao que tudo leva a crer, único debate televisivo, Kamala foi dada como vencedora mas nenhum dos presidenciáveis descola nas sondagens.
Ainda que renhida, a corrida pode mudar depois do confronto de 90 minutos dos candidatos à vice-presidência, a 2 de outubro. O republicano JD Vance defendeu a recusa de Trump de voltar a debater, alegando que os democratas só o exigem porque estão a perder.
Sem mais debates presidenciais previstos, afirma que o dos vices servirá para esclarecer os norte-americanos.
“Uma das diferenças fundamentais entre a campanha de Kamala Harris e a de Donald Trump é que nós falamos com os nossos compatriotas como cidadãos, porque é o que são. Kamala Harris fala com os americanos como se fossem crianças”, afirma J.D Vance, candidato republicano a vice-presidente
Ex-crítico de Donald Trump, chegou a chamar-lhe idiota, o senador do Ohio é agora um fervoroso defensor do ex-presidente, associando-se à retorica infame contra imigrantes haitianos e à acusação infundada de que roubavam e comiam animais de estimação.
Numa América de em posições extremadas sucedem-se incidentes. O mais recente foi ataque ao escritório de campanha da candidata democrata em Tempe, no Arizona, cuja porta e janelas ficaram danificadas por tiros.