Rui Rio considera que "será mau para o país" se André Ventura tiver uma votação "grande e expressiva" nas eleições presidenciais. Num não em que se votam também as autárquicas, o líder do PSD acredita que as divisões da esquerda se vão sobressair, podendo levar ao fim do Governo já fragilizado.
Numa entrevista à Antena 1, Rio defende que o Governo "já está cansado" e que não deverá chegar ao fim do mandato. Mas não conta com legislativas já no próximo ano. Os objetivos de 2021 passam por conquistar as câmaras de Lisboa e do Porto nas eleições autárquicas. Mas, antes disso, vêm as presenciais onde o líder da oposição afirma que será o PS o grande derrotado, até porque "não tem sequer candidato".
Na projeção de Rio para a corrida a Belém, não há grandes dúvidas sobre o vencedor. Quando desafiado a escolher entre Ana Gomes e André Ventura para o segundo lugar, o líder do PSD vota por exclusão de partes.
Os votos em André Ventura para as presidenciais não interessam para o PSD, mas se for nas legislativas nunca se sabe se podem vir a interessar. Na entrevista, Rio mantém que será muito difícil o Chega integrar um Governo do PSD, mas continua a não excluir um eventual apoio parlamentar por parte do partido de Ventura, tal como aconteceu nos Açores.
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