O candidato André Ventura anunciou este domingo que vai pedir a demissão de presidente da direção nacional do Chega, após ter ficado em terceiro lugar atrás da sua adversária Ana Gomes e para cumprir uma processe eleitoral.
"Nós somos firmes naquilo que defendemos. Ficámos aquém dos 15% que eu deveria ter, com algumas décimas de diferença da candidata que representa o que Portugal de pior tem, a esquerda mais medíocre e colada às minorias e àqueles que têm destruído Portugal. Não fugirei à minha palavra. Devolverei a palavra aos militantes do Chega", disse.
No discurso num hotel em Lisboa, que serve de sede à candidatura, André Ventura confirmou a decisão de "devolver a palavra aos militantes", anunciando que se irá recandidatar ao cargo.
O terceiro classificado na corrida presidencial alertou o PSD de que "não haverá Governo em Portugal sem o Chega".
"Não há segundas-vias depois desta noite. Hoje ficou claro em Portugal e para a Europa e para o Mundo que não haverá Governo em Portugal sem que o Chega seja parte fundamental. Não há volta a dar. PSD, ouve bem, não haverá governo em Portugal sem o Chega!", gritou.
O candidato apoiado pelo Chega falou numa "noite histórica". Afirmou que conseguiu "criar uma avassaladora força antissistema" e que a extrema-esquerda em Portugal foi "esmagada".
André Ventura ficou em terceiro lugar nestas eleições presidenciais, com cerca de 496 mil votos.