A UEFA rejeitou na terça-feira o projeto da cidade de Munique para iluminar o estádio com as cores do arco-íris no jogo entre Alemanha e Hungria. A iniciativa visava manifestar apoio à comunidade LGBT na Hungria, país que aprovou uma lei que proíbe a divulgação de conteúdos sobre orientação sexual a menores de 18 anos.
Ana Aresta, presidente da ILGA Portugal, condena e lamenta a recusa da UEFA na inclusão de um “gesto simbólico” para a proteção dos direitos LGBT, afirmando que a instituição está a demonstrar que o Europeu é uma competição não inclusiva.
“Colocar esta decisão sob um chapéu político é negar que os direitos LGBTI são direitos humanos. Nota-se há vários anos um silêncio da UEFA em torno desta matéria. É ridículo que se questione o uso de um símbolo tão significativo e importante.”
A ILGA Portugal pede que a UEFA repense a decisão, lembrando que os eventos desportivos ocorrem “muitas vezes em países onde a vida das pessoas LGBTI corre perigo”, cabendo a estas organizações adotar políticas reforçadas em torno da inclusão e proteção desta comunidade.