António Tânger Corrêa admite que podia estar mais bem preparado para a campanha eleitoral. O cabeça de lista do Chega para as europeias diz que mais 15 dias na estrada e ficava profissional.
À entrada da última semana de campanha, o candidato quer tempo extra. "Mais 15 dias e eu ficava um profissional", afirma.
Questionado onde poderia melhorar, diz que "em tudo" a afirma-se como uma "pessoa humilde".
"Tem um dinossauro que vem de 40 anos de trabalhar por detrás da cortina e de repente abrem a cortina e tem uma rede de televisões à frente. O dinossauro assusta-se", refere.
Diz que não se sente assustado, mas admite que podia estar "mais bem preparado".
A preparação em andamento ainda não permite saber que numa campanha organizada a pensar na imagem televisiva há momentos que são para aproveitar
Numa campanha organizada a pensar na imagem televisiva, também há declarações que podem estragar a narrativa preparada pelo partido.
"O que disse o nosso candidato é que alguém que foi primeiro-ministro, em Portugal como toda a Europa, é objetivamente um candidato que pode ser apresentado ao Conselho Europeu.
Mas não foi bem isso. André Ventura é obrigado a emendar a mão, depois de António Tânger Corrêa reconhecer que António Costa é objetivamente um bom candidato ao Conselho Europeu.
"Eu dou-me bem com o António Costa. Aliás, é timbre de um diplomata dar-se bem com as pessoas. Ele tem família em Goa. Eu ajudei-o quando ele não era ninguém. E criámos uma relação franca e com alguma coisa", disse.
André Ventura refere que é "evidente" que o Chega "não pode" apoiar António Costa, uma vez que o partido apresentou duas moções de censura ao seu Governo.