É a segunda vez que se sente um sobressalto dentro do Partido Socialista relacionado com declarações feitas por autarcas do PS. Depois da ordem de despejo de Ricardo Leão em Loures, as preocupações de Alpiarça com os sinais exteriores de riqueza dos pais de alunos que recebem apoios sociais.
Francisco Assis esteve na primeira linha das críticas. Agora, em entrevista no Facto Político, quer que Pedro Nuno Santos seja criterioso a olhar para os candidatos que escolhe para as eleições de outubro: “Está obrigado a apresentar os melhores candidatos e a garantir que seguirão uma linha consentânea com os princípios e os valores do PS”.
O eurodeputado socialista diz que escolher os melhores candidatos passas pelas estruturas locais, mas lembra que o partido “não se pode dissociar completamente das escolhas das concelhias se entender que elas não são as mais adequadas”.
Seguro e as Presidenciais: “Sondagem não significa grande coisa”
Depois de António José Seguro ter entrado na pré-corrida presidencial, Francisco Assis foi o primeiro a declarar-lhe apoio público, mas não se criou a chamada vaga de fundo. O eurodeputado socialista não está preocupado: “Não se vislumbra que haja um grande grau de entusiasmo seja com quem for”.
Para já, vão valendo as sondagens para se aferir das possibilidades de cada candidato, mas Assis considera que a que saiu esta semana e dá apenas 4,7% ao antigo Secretário-Geral do PS “não significa grande coisa”, justificando que “esteve afastado da vida política por razões compreensíveis”, depois de ter sido afastado da liderança do PS na sequência de “um processo bastante criticável”.