"Ninguém gostaria de uma ofensiva terrestre, porque isso poria ainda mais civis em risco", disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, na habitual conferência de imprensa diária, acrescentando que essa "é uma decisão que tem Israel tem de tomar", acerca da qual tem "o direito e inclusivamente o dever".
Earnest reiterou a necessidade de a organização palestiniana Hamas "parar de lançar mísseis" contra Israel, embora tenha reconhecido que o escudo antimísseis Cúpula de Ferro, financiado pelos Estados Unidos, foi "eficaz na hora de proteger muitos dos civis que estavam em perigo".
Ao mesmo tempo, garantiu que os Estados Unidos estão "muito preocupados com os civis palestinianos que estão em risco" e apelou a Israel para que "faça o que fôr necessário" para minimizar as vítimas entre os cidadãos de Gaza.
A imprensa norte-americana avançava hoje que o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que se encontra atualmente em Viena, se deve deslocar em breve a Israel para promover um cessar-fogo, mas nem a Casa Branca, nem o Departamento de Estado confirmaram essa possibilidade.
A operação israelita em Gaza, conhecida como "Margem Protetora", cumpriu hoje o seu sétimo dia, numa altura em que a ala mais nacionalista do Governo de Israel reclama uma invasão terrestre e cada vez mais vozes pedem ao executivo de Benjamin Netanyahu para que cesse as hostilidades, de forma unilateral.
Cinco palestinianos morreram hoje, elevando para 184 o número de vítimas mortais dos bombardeamentos de Israel à faixa de Gaza na última semana, um balanço superior ao último conflito de 2012.
Lusa