Queda do BES

Vítor Bento lidera Novo Banco e afasta "incertezas"

Vítor Bento revelou este domingo que vai liderar o Novo Banco, a designação dada ao 'banco bom' que resultou da separação do BES, e garantiu que estão afastadas as "incertezas que ameaçavam a instituição", segundo um comunicado.

Vítor Bento deixa ainda uma nota de agradecimento aos colaboradores e aos clientes nacionais e internacionais, "que têm sido tão pacientes nos últimos tempos, enquanto se definia a solução que garantisse uma sólida base financeira para um crescimento futuro".
MIGUEL A. LOPES

"Tenho o prazer de ter sido nomeado para liderar o Novo Banco. Para  os nossos clientes e colaboradores apenas uma coisa mudou - o seu Banco  está agora mais forte e seguro que antes. As incertezas que ameaçavam a  instituição nos últimos tempos foram afastadas", refere o comunicado assinado  por Vítor Bento. 

Na nota entretanto divulgada, o presidente executivo destaca que "o  Novo Banco leva também consigo os fatores-chave que o vão tornar uma das  principais instituições financeiras, nomeadamente, uma equipa de trabalho  dedicada, um forte foco no cliente e um extenso portefólio de serviços bancários  que irão contribuir para o progresso da economia portuguesa". 

Vítor Bento deixa ainda uma nota de agradecimento aos colaboradores  e aos clientes nacionais e internacionais, "que têm sido tão pacientes nos  últimos tempos, enquanto se definia a solução que garantisse uma sólida  base financeira para um crescimento futuro". 

O Banco de Portugal anunciou hoje um plano de capitalização do Banco  Espírito Santo (BES) de 4900 milhões de euros e a separação dos ativos  tóxicos ("bad bank") dos restantes que ficam numa nova instituição, o Novo  Banco.  

O capital é injetado no BES através do Fundo de Resolução bancário.  No entanto, como este fundo foi criado há pouco tempo e só tem 380 milhões de euros, a solução encontrada passa por ir buscar o valor restante ao dinheiro  da 'troika' destinado ao setor financeiro, em que ainda estão disponíveis  6,4 mil milhões de euros.  

Assim, estima-se que virá do dinheiro da 'troika' entre 4400 a 4500  milhões de euros, através de um empréstimo ao fundo de resolução, existindo  também uma contribuição extraordinária dos outros bancos que operam em Portugal.  Esta ainda está a ser negociada e poderá ascender a cerca de 100 milhões de euros.

Lusa