O mega processo, que tem Ricardo Salgado como figura central, resulta de uma longa investigação que durou mais de seis anos.
Durante este processo, o Ministério Público encontrou ligações suspeitas, algumas delas que atravessam o Atlântico e que envolvem altos cargos políticos do Brasil e da Venezuela.
Dada a relevância desses novos dados, os procuradores decidiram abrir novos processos para que essas suspeitas sejam investigadas à parte.
É o caso da investigação em torno de Jean-Luc Schneider, que terá sido operacional da Espírito Santo Enterprises, o suposto saco azul do BES.
Também as relações entre o Grupo Espírito Santo e a Venezuela, a Suíça, o Dubai e Macau vão ser alvo de um inquérito autónomo, assim como as queixas apresentadas pelos subscritores de obrigações da Espírito Santo Finantial Group, que dizem ter sido induzidos em erro sobre a real situação financeira do banco quando investiram.
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Seis anos passaram entre o colapso do BES e a acusação que aponta Ricardo Salgado como líder de uma organização criminosa que atuou no Grupo e Banco Espírito Santo.
O Presidente da República diz que "mais vale tarde do que nunca" e acrescenta que os portugueses podem confiar na Justiça.
Seis anos depois, Ricardo Salgado está acusado de 65 crimes relacionados com a queda do Grupo Espírito Santo (GES).
O Ministério Público acredita que o antigo banqueiro comandou um grupo criminoso no seio do GES, delapidou património do Banco Espírito Santo e mentiu aos supervisores e acusou na terça-feira 25 arguidos na queda do Grupo Espírito Santo por prejuízos de valor superior a 11.800 milhões de euros.