A sociedade que a investigação acredita que funcionava como saco azul do Grupo Espírito Santo financiou a campanha de Cavaco Silva, em 2011. A ES Enterprises foi também usada para fazer pagamentos a Miguel Frasquilho, que era ao mesmo tempo deputado e diretor no BES.
A candidatura de Cavaco recebeu um donativo de 252.240,00 euros.
Ricardo Salgado e outros três administradores passaram um cheque, cada um, no valor 25.560 euros à ordem da candidatura presidencial de Aníbal Cavaco Silva. Outros seis cargos de topo do Banco Espírito Santo, do Grupo Espírito Santo e da Tranquilidade passaram um cheque de 25 mil euros cada.
A candidatura de Cavaco Silva emitiu recibo. A investigação encontrou um post-it com um agradecimento ao lado do recibo do primo de Salgado.
Os cheques foram assinados a 26 de novembro de 2010 e, uma semana depois, começava um aparente reembolso, que só terminou seis meses depois.
A lei prevê o financiamento de campanhas eleitorais por particulares, mas proíbe as empresas de o fazerem. A investigação acredita que o esquema era uma forma de contornar a lei.