Na audição no Parlamento, Vítor Constâncio disse que não era obrigado a saber tudo enquanto Governador do Banco de Portugal, mas lamenta não ter sido avisado do aumento do Banco Espírito Santos (BES) em Angola.
Garante ainda que os maiores problemas do BES aconteceram depois de ter saído do Banco de Portugal. Até 2008, ano em que eclodiu a crise internacional, não viu sinais de que o BES estava em maus lençóis. A lei permitia aos bancos excessos, se tivessem capital próprio.
Só não acontece a quem não é Governador e Vítor Constâncio garante que, em 2009, foi para lá da lei e usou da persuasão moral, junto de quem liderava o BES, para reduzir a exposição ao Grupo Espírito Santo. Terá sido dos últimos gestos antes de sair do Banco de Portugal, em maio de 2010.
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