Guerra no Médio Oriente

Médio Oriente: receio de volte-face que inviabilize novas libertações mais presente do que nunca

A ameaça do Hamas de adiar a entrega de reféns prevista para o próximo sábado, acusando Israel de múltiplas violações do cessar-fogo, abalou o frágil acordo cuja segunda etapa deveria ser discutida pelo gabinete de segurança presidido por Netanyahu.

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O primeiro-ministro de Israel avisa que o cessar-fogo será interrompido se o Hamas não libertar reféns até sábado. A troca foi posta em causa pelo grupo terrorista depois de acusar Israel de violações da trégua.

Depois do apelo do comité da Cruz Vermelha Internacional para que as trocas de prisioneiros por reféns sejam dignas e privadas, na sequência das imagens daquela que foi a quinta permuta, o receio de um volte-face que inviabilize novas libertações está mais presente que nunca.

A ameaça do Hamas de adiar a entrega de reféns prevista para o próximo sábado, acusando Israel de múltiplas violações do cessar-fogo, abalou o frágil acordo cuja segunda etapa deveria ser discutida pelo gabinete de segurança presidido por Netanyahu.

As famílias temem que o futuro dos reféns esteja a ser hipotecado pela cumplicidade entre o primeiro-ministro israelita e Donald Trump.

Telavive ordenou prontidão ao exército.

Em Gaza, teme-se o fim da trégua.

"As pessoas estão todas com medo. Hoje, começaram a abastecer-se de mantimentos, com medo que a guerra volte."

Na Cisjordânia, a esperança palestiniana de criação de um Estado está também a ser corroída pela expansão dos colonatos judaicos e pelos constantes raids israelitas.

As posições mais radicais no Executivo israelita encontram validação nas ameaças do presidente norte-americano.

Os ministro das Finanças, de extrema-direita, e o das Comunicações defenderam um ultimato ao Hamas, o corte de eletricidade e água e o bloqueio da ajuda humanitária.

O secretário-geral das Nações Unidas apela ao cumprimento do acordo por ambas as partes e o regresso a negociações sérias.