Guerra no Médio Oriente

Delegação do Hamas chega ao Cairo para conversações sobre o cessar-fogo em Gaza

Uma delegação do Hamas chegou esta sexta-feira ao Cairo para conversações com mediadores egípcios, sobre a continuação do cessar-fogo em Gaza. O grupo terrorista ameaçou, no entanto, a vida dos reféns se Israel avançar com uma nova ofensiva militar.

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Desde as primeiras horas da manhã, as forças israelitas reforçaram os postos de controlo na Cisjordânia, que conduzem à mesquita de Al-Aqsa. A primeira oração de sexta-feira do mês do Ramadão, o segundo desde o início da guerra, levou a medidas especiais de segurança.

Muitos fiéis muçulmanos queixam-se de ter sido impedidos de aceder à cidade velha de Jerusalém, onde fica a mesquita. “Costumávamos ir à mesquita de Al-Aqsa todas as sextas-feiras, antes dos incidentes, mas hoje não nos deixaram entrar, mandaram-nos voltar para trás. tentei duas vezes, mas não nos deixaram entrar”. 

As autoridades israelitas argumentam que limitaram o acesso de menores de 12 anos e idosos para proteção dos próprios fiéis, mas há relatos de que outros grupos foram também impedidos de entrar.

A tensão aumentou na Cisjordânia quando entrou em vigor o acordo de cessar-fogo em Gaza. A primeira fase da trégua terminou a 28 de fevereiro e desde então o destino dos 24 reféns, que se acredita estarem ainda vivos, e dos 35 corpos, tem sido um instrumento de propaganda de Donald Trump.

“Estamos a negociar com o Hamas. Estamos a ajudar Israel nessas negociações porque estamos a falar de reféns israelitas”, disse Donald Trump, presidente norte-americano

Benjamin Netanyahu terá ficado furioso com as reuniões secretas da administração norte-americana com o Hamas, em Doha. A volatilidade das negociações é tal que Donald Trump alterna garantias de acordo com ultimatos e ameaças.

Depois de ter confirmado  conversações diretas com o Hamas, voltou a ameaçar o grupo terrorista com a eliminação total, se todos os reféns vivos e mortos não forem entregues a Israel. 

Uma delegação do Hamas chegou entretanto ao Cairo para conversações com mediadores egípcios, sobre os próximos passos do cessar-fogo. O plano do Egipto para reconstruir a Faixa de Gaza, apoiado pelos países árabes, foi chumbado pela administração norte-americana

A Casa Branca argumenta que não cumpre os requisitos nem a natureza do que Trump pediu. Recorde-se que a ideia do presidente dos Estados Unidos era expulsar a população de Gaza e transformar o território numa Riviera do Médio Oriente.