O parlamento iraniano aprovou, este domingo, o encerramento do Estreito de Ormuz por onde passa cerca de 20% do petróleo mundial, mas a decisão carece ainda de aprovação superior. Caso receba luz verde, deverá desencadear uma subida em flecha do preço dos combustíveis. A confirmar-se, será a primeira resposta à ofensiva lançada na madrugada deste domingo pelos EUA contra três instalações nucleares do irão. A Casa Branca fala em "sucesso avassalador" e promete retaliar com mais força em caso de resposta. Já o regime de Teerão fala em ataque "ultrajante" e alerta que a operação vai ter consequências.
Para o ataque contra o Irão o Pentágono mobilizou mais de 120 aeronaves. Entre elas estava a joia da coroa da Força Aérea norte-americana. Os bombardeiros B-2 voaram mais de 30 horas, numa operação que teve como alvo três instalações nucleares.
Na maior operação de sempre a envolver este tipo de bombardeiros, foram lançados vários exemplares do GBU-57, o único míssil do mundo capaz de atingir a profundidade em que está escondido o complexo iraniano de Fordow, construído debaixo de uma montanha.
O Irão rejeita a narrativa norte-americana e alega que o ataque falhou o objetivo por completo e acusa ainda a Casa Branca de ter minado a via do diálogo.
O regime iranianodiz ainda que já estava preparadopara o que veio a acontecer, alegando que a maior parte do urânio enriquecido já tinha sido transferido de Fordowpara outro locale o número de funcionários reduzido ao mínimo.
Ataque não terá provocado aumento de radiação no local
A operação foi lançada nove dias depois do início da ofensiva israelita. De acordo com o braço da ONU que fiscaliza a energia nuclear, não provocou qualquer aumento de radiação nas imediações.
Os danos estão ainda a ser avaliados, mas a operação poderá ter ditado o fim de um programa nuclear com décadas, que poderia culminar na construção de uma bomba atómica.
Levou ainda o Presidente dos EUA a garantir que que qualquer tentativa de retaliação irá motivar uma resposta ainda mais devastadora.
Horas depois, a Força Aérea israelita voltou aos céus do Irãopara lançar um ataque massivo na zona oeste do país.
Entre as dezenas de alvos militares que alega ter atingido, estãopelo menos dois caças F-5 e oito lançadores de mísseis.
Cada vez mais pressionado, o regime que háquase 40 anos governa o irão com mão de ferro promete vingança.
Encarregou a mais poderosa guarda de elite do país a gravar um vídeo em que promete continuar a bombardear Israel e a responder pela calada da noite ao que diz ser o "ultrajante" ataque dos EUA.