O primeiro-ministro de Israel está a preparar um plano para anexar toda a Faixa de Gaza. A proposta deverá ser apresentada em breve ao Gabinete de Segurança.
Benjamin Netanyahu continua a negar que haja fome em Gaza, apesar do maior aliado, Donald Trump, ter reconhecido a dramática falta de comida. Uma organização israelita de direitos humanos usa a expressão "genocídio" e a Alemanha fala em "catástrofe humanitária".
A denúncia está a ser feita há meses por organizações humanitárias e governos de todo o mundo. A fome está instalada em Gaza e atinge cada vez mais vítimas.
Para combater a calamidade, a Alemanha anunciou ontem que se vai juntar à Espanha e a países como a Jordânia na entrega de ajuda por via aérea.
A ONU e outras organizações falam numa “gota de água” e sublinham que a crise não pára de fazer vítimas.
As autoridades de saúde de Gaza garantem que o número de mortos pela fome já ronda os 150.
A emergência humanitária motivou ontem uma reunião em Nova Iorque, que juntou representantes de dezenas de países. A iniciativa foi organizada pela França e pela Arábia Saudita.
Trump admite catástrofe
As declarações surgiram no mesmo dia em que o presidente dos Estados Unidos admitiu, pela primeira vez, estar perante uma catástrofe.
A constatação vem do maior aliado de Israel, mas continua a não demover Benjamin Netanyahu.
A proposta que poderá mudar o futuro
À margem disso, o chefe do governo deverá apresentar, em breve, uma proposta que poderá mudar o futuro da região.
De acordo com o jornal israelita Haaretz, Netanyahu prepara-se para apresentar ao Gabinete de Segurança um plano ousado para acabar com a guerra: anexar toda a Faixa de Gaza, caso o Hamas não aceite uma nova proposta de cessar-fogo e uma rendição imediata.