Guerra no Médio Oriente

O que prevê o plano que estará em cima da mesa no encontro entre Trump e Netanyahu?

O plano para o fim da guerra na Faixa de Gaza poderá conhecer este segunda-feira um novo impulso. Donald Trump recebe o presidente israelita e garante que o anúncio de acordo pode estar para breve. No terreno, a situação é cada vez dramática.

Loading...

É grande a expectativa para o encontro, desta tarde (16 horas em Portugal continental), entre Donald Trump e Benjamim Netanyahu na Casa Branca. Em cima da mesa está o plano dos Estados Unidos para terminar com o conflito em Gaza. Em entrevista à Fox News, o primeiro-ministro israelita garantiu que está disponível para passar do papel à ação.

“Estamos a trabalhar com a equipa do Presidente Trump neste exacto momento e espero que possamos concretizar o plano, porque queremos libertar os nossos reféns, queremos livrar-nos do domínio do Hamas e desarmá-los, desmilitarizar Gaza e construir um novo futuro para os habitantes de Gaza e para os israelitas, bem como para toda a região”, disse Netanyahu.

O acordo para o cessar-fogo tem 21 pontos mas assenta em cinco pilares fundamentais: um cessar-fogo permanente; a libertação, num único grupo, de todos os reféns; a retirada progressiva de todas as tropas israelitas; e, a entrada, sem qualquer restrição, de ajuda humanitária.

O plano, que já foi elogiado pelo presidente de Israel, Isaac Herzog, prevê ainda a mobilização de uma força internacional de manutenção de paz que poderá integrar militares de países árabes.

“Acho que há muitas possibilidades para a paz, que estou a discutir com o Presidente Trump e a sua equipa e pretendemos aproveitá-las. Acho que verão que os Acordos de Abraão não só não estão em risco como serão ampliados”, adiantou o primeiro-ministro israelita.

Apesar das garantias de Netanyahu, um dos pontos que mais discórdia pode gerar é a criação de um governo de transição que deixe de fora o Hamas e que deve contar com a colaboração da Autoridade Palestiniana, das Nações Unidas e dos países do Golfo Pérsico.

As famílias dos reféns, que estão há quase dois anos nas mãos do Hamas, escreveram uma carta a Donald Trump, onde, por um lado, agradecem os esforços para a libertação dos familiares, e por outro imploram que, desta vez, o acordo avance.

Entretanto em Gaza, e quando faltam apenas oito dias para o segundo aniversário do ataque do Hamas de 7 de outubro, a manhã acordou com mais um aviso das tropas israelitas. Milhares de panfletos foram lançados pelo ar com novos avisos para os cidadãos abandonarem de imediato a cidade de Gaza.

A ofensiva israelita prossegue e, de acordo com o Hamas, nas últimas 24 horas morreram mais de 50 pessoas e mais 180 ficaram feridas.