O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou na quinta-feira à noite que foram registados “novos ataques” junto à central nuclear de Zaporíjia, responsabilizando a Rússia.
"O que se passa agora à volta da central nuclear de Zaporíjia é um dos maiores crimes do estado terrorista", disse o líder da Ucrânia, na habitual declaração ao país.
Zelensky afirmou que a Rússia "voltou a descer o mais fundo possível na história mundial do terrorismo".
A central foi capturada pelas forças russas no início da invasão à Ucrânia, a 24 de fevereiro, e nos últimos dias têm-se registado vários ataques.
Na declaração, o Presidente ucraniano apela aos líderes internacionais para "reagirem de imediato" para expulsar as forças russas da central nuclear: "É um interesse global e não apenas uma necessidade ucraniana".
Apenas a retirada completa dos russos da região da central nuclear e a devolução do controlo total da mesma à Ucrânia garantirão a restituição da segurança nuclear a toda a Europa.
Zelensky revelou ainda ter pedido aos oficiais ucranianos para pararem de falar com os jornalistas sobre as táticas militares de Kiev contra a Rússia, dizendo que tais declarações eram “francamente irresponsáveis”.
Na sequência das explosões que destruíram vários aviões russos, na base aérea da Crimeia, o New York Times e o Washington Post avançaram que as forças ucranianas eram responsáveis pelo ataque, citando oficiais não identificados.
No entanto, o Governo de Kiev rejeitou qualquer responsabilidade pelas explosões ocorridas na terça-feira, que provocaram um morto e pelo menos 13 feridos.