Os Estados Unidos pediram aos cidadãos norte-americanos que deixem já a Ucrânia. No mesmo dia, a Rússia pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir a situação em Zaporijia e os riscos de um desastre nuclear. Esta terça-feira, a maior central nuclear da Europa voltou a ser bombardeada.
Na véspera do Dia da Independência – que este ano assinala também seis meses da invasão russa – foi decretado o recolher obrigatório na cidade de Kharkiv e está reforçada a segurança em Kiev. As decisões foram justificadas pelas informações de que a Rússia poderá reforçar esta semana a ofensiva contra alvos civis e governamentais.
Também os Estados Unidos lançaram alertas para que todos os seus cidadãos abandonem já a Ucrânia.
Noutra celebração, do Dia da Bandeira, o Presidente Zelensky fez questão de deixar uma promessa: reconquistar à Rússia a península anexada da Crimeia. A promessa foi feita a representantes de 46 países e organizações internacionais.
Reunidos na chamada plataforma da Crimeia, em Kiev e por videoconferência, os discursos foram unânimes na condenação das anexações russas de território ucraniano e no apoio expresso, militar, económico, humanitário e político à Ucrânia.
No sul da Ucrânia, nos arredores da central de Zaporijia, Enerhodar voltou a ser o alvo dos bombardeamentos russos . Na outra margem do rio Dniepr, em linha de vista da central nuclear, a cidade de Nikopol voltou também a ser fustigada pela artilharia russa.
Entre a população cresce, cada vez mais, o receio de um desastre nuclear.
Moscovo negou, de novo, os bombardeamentos ao perímetro e nos arredores da maior central nuclear da Europa. Pediu mesmo uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir a situação em Zaporijia. O secretário-geral da ONU, António Guterres, admite que o risco de um acidente nuclear atingiu o ponto mais alto em décadas.