Guerra Rússia-Ucrânia

Mobilização na Rússia é um "sinal de fraqueza" de Moscovo, diz embaixadora dos EUA

O anúncio de "mobilização parcial" dos russos em idade de combater abre caminho para uma escalada no conflito na Ucrânia.

Embaixadora dos EUA na Ucrânia, Bridget Brink.
Embaixadora dos EUA na Ucrânia, Bridget Brink.
NurPhoto/Getty Images

A embaixadora norte-americana na Ucrânia, Bridget Brink, considerou esta quarta-feira que o anúncio da mobilização parcial de cidadãos na Rússia e os referendos para a anexação de territórios ucranianos são um "sinal de fraqueza, de fracasso" das autoridades russas.

"Referendos e mobilização semelhantes são sinais de fraqueza, do fracasso russo", afirmou Bridget Brink na rede social Twitter, garantindo que o seu país continuará "a apoiar a Ucrânia o tempo que for preciso".

Um dos conselheiros da presidência ucraniana, Mykhailo Podoliak, ridicularizou os anúncios do Kremlin, lembrando o fracasso do plano russo de uma guerra-relâmpago na Ucrânia e como Moscovo continua a negar os seus fracassos militares na Ucrânia.

"Os russos que exigiam a destruição da Ucrânia, no final, acabaram por obter: 1. Mobilização. 2. Fronteiras encerradas, contas bancárias bloqueadas. 3. Cadeia por deserção. Tudo ainda está conforme o planeado, não é? A vida tem um grande sentido de humor", declarou Mykhailo Podoliak no Twitter.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou esta quarta-feira uma "mobilização parcial" dos cidadãos do país, quando a guerra na Ucrânia está quase a chegar ao sétimo mês do conflito, numa mensagem dirigida à nação. A medida, que entra já em vigor, obedece à necessidade de defender a soberania e a integridade territorial do país, sublinhou o chefe de Estado russo, na mensagem transmitida pela televisão.

A Rússia, que invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro, está pronta a utilizar "todos os meios" ao seu dispor para "se proteger", declarou Putin, que acusou o Ocidente de procurar destruir o país.

O anúncio de "mobilização parcial" dos russos em idade de combater abre caminho para uma escalada no conflito na Ucrânia. Por outro lado, as autoridades dos territórios separatistas pró-russos da região de Donbass, na Ucrânia, anunciaram que vão realizar de 23 a 27 de setembro referendos para decidirem sobre a sua anexação pela Rússia.